"A Arte da Imperfeição" de Brené Brown
terça-feira, maio 15, 2012
"A Arte da Imperfeição"
Autora: Brené Brown
Tradução: Antonio Carlos Vilela
Editora: Novo Conceito
183 páginas
Sinopse: Este importante livro é sobre a jornada de uma vida, deixando de se preocupar com "O que os outros vão pensar?" e acreditando que "Eu sou suficiente". A habilidade ímpar da autora em misturar pesquisa original com relatos faz com que a leitura de A Arte da Imperfeição pareça uma longa e animadora conversa com uma amiga muito sábia que oferece compaixão, sabedoria e ótimos conselhos. A cada dia nos deparamos com uma enxurrada de imagens e mensagens da sociedade e da mídia nos dizendo quem, o que e como devemos ser. Somos levados a acreditar que, se pudéssemos ter um olhar perfeito e levar uma vida perfeita, já não nos sentiríamos inadequados. E se eu não posso manter todas essas bolas no ar? Por que não é todo mundo que trabalha duro e vive às minhas expectativas? O que as pessoas vão pensar se eu falhar ou desistir? Quando posso parar de provar a mim mesmo? Em A Arte da Imperfeição, Brené Brown, Ph.D, é uma especialista em vergonha, autenticidade e compartilha a coragem que aprendeu em uma década de pesquisas sobre o poder de viver sinceramente.
"Abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo". Brené Brown
Sou um quanto cética em relação aos livros autoajuda e, como
não podia ser diferente, foi o ceticismo o primeiro sentimento que tive ao ver
sobre o que se tratava esse livro da nossa parceira Novo Conceito. Geralmente,
fico um tanto quanto irritada ao me deparar com livros com os famosos 10 passos
para a popularidade, riqueza, amor, beleza e todo esse blábláblá. Fico cansada
só em pensar em todos esses títulos que tratam as questões humanas como se
fossem meros cálculos matemáticos, ciência exata, do tipo faça isso e terá
aquilo, vista isso e será popular... realmente, se tudo fosse simples assim,
seríamos todos ricos, lindos e maravilhosos.
E foi com esse ‘pré-conceito’ que comecei a ler “A Arte da
Imperfeição”, esperando mais um guia de passos para os meros mortais.
Obviamente, nem todos os livros autoajuda são assim e muitos podem surpreender
por fazer uma análise mais rica do ser humano. Acredito que esse título seja um
dos capazes de surpreender, pelo menos foi isso o que aconteceu comigo. Nas
primeiras páginas, pude perceber que seria uma leitura diferente, mais
reflexiva e introspectiva e menos “você deve ser assim de qualquer jeito”. Como
a própria Brené Brown salienta (pg. 60) a “lista era sintomática dos nossos
medos culturais. Nós não queremos nos sentir mal. Queremos uma lista rápida de
como fazer para sermos felizes”. (qualquer semelhança com “Os 10 passos
para...” não é mera coincidência). Não sei se é pela minha alta tendência à
psicologia, mas eu fiquei encantada com a escrita dessa autora que, com
exemplos e experiências pessoais, descreve o círculo vicioso ao qual a cultura
da nossa sociedade coloca a todos – o de precisarmos ser os melhores em tudo e
agradar a todos para, só assim, sermos felizes.
De certa forma, esse livro, apesar de se enquadrar na
categoria autoajuda, parece correr contra todos os títulos com os quais estava
acostumada a ver nessa sessão. Ao invés de pedir ao leitor que mascare suas
imperfeições para ser o mais querido e popular, a autora Brené Brown aborda a
questão da autenticidade, da aceitação das nossas vulnerabilidades e fraquezas
humanas, pois, afinal, somos imperfeitos, o que não nos impede de sermos
valiosos. Brown afirma que a grande angústia e ansiedade do mundo atual derivam
justamente dessa necessidade contínua da perfeição, do agradar sempre, do ser
melhor em tudo para se adaptar e atender às expectativas, muitas vezes,
alheias.
Não sei explicar o porquê, mas esse livro, apesar de não ser
do mesmo gênero, me fez lembrar bastante de “Comer, Rezar e Amar”. Acredito que
seja pela forma conselheira e autoreflexiva da autora, características que
notei igualmente em Elizabeth Gilbert, quando li seu livro. Talvez leitores que
gostaram desse livro também possam gostar de “A Arte da Imperfeição”. Também
não posso deixar de elogiar a capa desse livro, pois chamou muito a minha
atenção logo que vi – simples e colorida, com uma árvore que eu achei linda,
apesar de torta e com apenas 2 maçãs (relação perfeita com o título).
Enfim, é um livro que recomendo a leitura. É leve, rápido e
muito interessante. E se tu, assim como eu, também és um descrente em relação à
sessão autoajuda, acredito que possa se surpreender com esse livro.
15 comentários
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirBom, eu não gosto assim tanto de livros de auto ajuda, mas fui lendo algumas resenhas desse livro, e apesar de ser do gênero, me interessei bastante, pois falam que é bem difertente de qualquer outro auto ajuda.
ResponderExcluirEspero gostar dele quando tiver a oportunidade de ler!
Realmente Douglas, o livro é bem diferente do que estamos acostumados. Ao invés de pedir para sermos algo 'padrão', a autora trabalha a questão da autoaceitação, da vulnerabilidade humana. Foi isso o que mais me chamou a atenção.
ExcluirObrigada pelo comentário e boa sorte na promo ;)
"compaixão, sabedoria e ótimos conselhos", só de ler a frase: "Abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo", é um grande estimulante pra mim, como preces atendidas;
ResponderExcluireu tenho lutado contra esses vícios de me importar com os outros, e começar a me importar comigo mesma,
desejando tê-lo ^^~
Olá Mandy!
ExcluirCom certeza! Acredito que todos temos que lutar contra essa preocupação constante de ser o que os outros esperam de nós. É como diz a autora, somos valiosos da nossa forma imperfeita, humana. Acho que tu vai gostar do livro quando ler...
Obrigada pelo comentário e boa sorte ;)
Acredito que os "conselhos" da autora só despertam aquilo que já estava adormecido dentro de nós. Precisamos ser capazes de viver sinceramente!
ResponderExcluir"Viver sinceramente": tu conseguiu resumir o livro nessa simples frase Aline. É isso mesmo... apesar de sabermos tudo isso, às vezes, infelizmente, esquecemos. Sempre bom lembrar desses 'conselhos' como tu disse!
ExcluirObrigada pelo comentário e boa sorte!!!
O problema é o auto ajuda do livro =/ tenho um preconceito com isso... Mas eu quero dar uma chance e se tiver oportunidade vou ler. É bom mesmo? Surpreende? ....Será? Eis a questão..
ResponderExcluirPois é Cris, tbm tenho minhas dúvidas em relação a esse gênero de livro, como falei na resenha! Acredito que as questões humanas não são meras 'receitas de bolo', ou seja, o que serve pra um pode não servir para o outro. Mas o bom desse livro é que ele não fica nessa generalização, entende?! A autora aborda mais a questão da autenticidade de cada um, do 'ser você mesmo' e abandonar os clichês! Achei interessante essa abordagem, por isso me surpreendi...
ExcluirObrigada pelo comentário e pela visita no blog ;)
Gosto de livros de autoajuda, do tipo "por que eles fazem sexo e elas fazem amor" porque acho a leitura interessante e engraçada. Não leio nada sobre autoajuda pra ver as coisas com outros olhos, ou qualquer outra coisa do tipo.
ResponderExcluirMas acho que pela resenha, é uma leitura que vale a pena.
bjokas
O que mais me chamou a atenção nesse livro quando eu o vi foi o nome. Antes de ler qualquer resenha da "A Arte da Imperfeição" eu tinha lido somente a sinopse o que me fez querer muito ler esse livro e apesar de gostar um pouco de livros de autoajuda confesso que já estava ficando cansada em me deparar com 'os guias de passos para ser rico, famoso, lindo, popular e por ai vai...' E como você mesmo disse nem todos os livros autoajuda são assim.
ResponderExcluirE lendo sua resenha da para notar que "A Arte da Imperfeição" foge disso o que é muito bom até mesmo para quebrar um pouco do 'preconceito' que muitos tem com esse gênero.
Estou precisando mesmo de algo "leve" para ler e esse livro me parece uma boa escolha, a julgar pela resenha!
ResponderExcluirOlha debora, vc me convenceu de pelo menos tentar ler o livro, eu também tenho esse "pre conceito", rsrs como vc mencionou. Eu ainda acho que essa formula magica da felicidade é uma utopia, mas também acredito que nossos pensamentos positivos ajudam a atrair coisas boas (estou sendo contraditória??).
ResponderExcluirComo vc disse ser uma leitura mais leve, vou procurar ler sim.
obrigada pela dica
bom dia! recebi ontem meu livro (ganhei na promoção)vou ler e conto se gostei!!
Excluirobrigada meninas!!!
Sabe que dos últimos lançamentos da NC , este é um dos livros que não me animaram para ler.. Não sou muito dos livros de autoajuda, mas depois de ler a resenha me deu aquela vontade *o*
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